As órteses são um recurso importante e essenciais no processo de reabilitação da mão. O termo órtese origina-se da palavra grega “Orthos” que significa direito, reto, normal. Trata-se de um dispositivo exoesquelético que é aplicado externamente a um ou vários segmentos do corpo, buscando sempre a posição funcional, ou a mais adequada para cada caso. É um recurso importante e essencial no processo de reabilitação da mão.
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O uso das órteses proporciona um tratamento menos doloroso e uma recuperação mais curta favorecendo um retorno mais rápido ao trabalho e às atividades de vida diária quando associados corretamente aos exercícios e atividades propostas.
Para a prescrição e confecção de órteses são necessários conhecimentos de anatomia, cinesiologia, biomecânica do sistema músculo-esquelético, fisiopatologia específica, bem como, o diagnóstico e prognóstico da doença do cliente em questão e que fará uso do dispositivo.
As órteses podem ser pré-fabricadas ou feitas sob medida, personalizadas para cada cliente.
A escolha do material para a confecção vai depender das necessidades do cliente, do tipo de órtese a ser confeccionada e de acordo com a prática e experiência do Terapeuta Ocupacional.
É imprescindível que o Terapeuta Ocupacional tenha o conhecimento sobre o material e suas propriedades físicas e químicas para a escolha mais correta.
Os materiais que podem ser utilizados na confecção de órteses são:
- Gesso;
- Gesso sintético;
- Neoprene;
- Couro/camurça;
- Plásticos (termoplásticos, termorrígidos, polipropileno, poliuretano – PVC).
Outros materiais como espuma, borracha, elástico, ferro, titânio, velcros e rebites são usados para completar a confecção desse dispositivo.
Os tipos de órteses podem variar. Existem as órteses estáticas, as órteses estáticas seriadas, as órteses estáticas progressivas e as órteses dinâmicas.
Ao indicarmos uma órtese para o cliente, devemos orientá-lo adequadamente quanto ao seu uso diurno, noturno, temporário ou permanente, horas de utilização, como colocar e tirar o dispositivo, os cuidados no acondicionamento e na higienização do dispositivo. Além dessas recomendações é preciso frisar para o cliente e orientá-lo corretamente quanto a importância dos alongamentos e exercícios prescritos conforme cada caso e que devem ser realizados diariamente.
Uma órtese poderá, por exemplo, ter como objetivo:
- Estabilizar uma articulação;
- Imobilizar articulação ou segmento corporal;
- Proteger contra uma lesão;
- Reduzir processo inflamatório;
- Auxiliar no processo de cicatrização e recuperação de tecidos moles;
- Prevenir ou corrigir deformidade articular;
- Auxiliar ou restaurar função;
- Aliviar / abolir a dor;
- Auxiliar na consolidação de fraturas
- Controlar movimentos involuntários;
- Substituir / auxiliar função
Existem algumas considerações anatômicas importantes para a confecção de órteses e que devem ser respeitadas como; os arcos da mão, as pregas palmares, as estruturas ósseas, as proeminências ósseas, os nervos e ligamentos.
Após sua confecção, faz-se necessário um acompanhamento do terapeuta ocupacional para ajustes e a verificação da melhora do padrão funcional com o uso da órtese. Caso a órtese não cumpra com a função a qual foi destinada seu uso deverá ser suspenso.